As barbearias, esmalterias, estéticas e salões de beleza são serviços baseado em uma abordagem pessoal e, inevitavelmente, exigem contato próximo com os clientes, e é por isso que os cuidados precisam ser redobrados em um período como o que vivemos atualmente, com a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Lavar as mãos é o novo mantra de quem sai às ruas, inclusive para clientes e profissionais de beleza. Lave as mãos com água e sabão antes e depois dos procedimentos. O álcool gel também é bem-vindo. Esses passos já reduzem a chance de contaminação e essas pequenas mudanças fazem diferença para quem trabalha e para quem é atendido.
O estabelecimento deve redobrar o cuidado com a limpeza, fornecendo máscaras e álcool em gel 70%. Além de respeitar o distanciamento de dois metros de cada cadeira, ou maca, e um metro e meio de cada pessoa.
A consultora do Senac MS, Valeska Ferreira, enfatiza a importância dos cumprimentos das medidas de biossegurança, que são um conjunto de medidas que buscam minimizar os riscos inerentes a uma determinada atividade.
"O segmento da beleza já segue uma série de normas de biossegurança, para evitar a contaminação na rotina diária de salões, clínicas de estética e barbearias e garantir um atendimento de qualidade aos clientes. Mas em tempos de pandemia, com os riscos aumentados de contágio, esses cuidados precisam ser redobrados para garantir a segurança de todos, profissionais e clientes", explica.
Confira algumas dicas para garantir essa segurança em espaços de beleza:
Higienização criteriosa
Móveis e superfícies precisam ser higienizados com álcool 70% várias vezes ao dia. Assim como mesas, cadeiras e os utensílios onde mãos e pés ficam apoiados, no caso das manicures. Nesse caso, incentivar a cliente a levar o “kit manicure” de casa também é uma boa opção, do contrário, o processo de esterilização realizado pelo próprio salão deve seguir o procedimento segundo as normas.
Limpeza extra
Manter o salão seguro significa um pouco de limpeza extra. A desinfecção de superfícies é uma maneira essencial de impedir a propagação do coronavírus e de todos os vírus da gripe sazonal. Então, limpar chão e balcões a cada atendimento, telefones, ferramentas e maçanetas reduzirá a propagação de germes de pessoa para pessoa.
Esterilização
Boa parte dos materiais usados nos salões, como pinça, alicate, tesoura e cortador de unha, já são esterilizados em autoclave por determinação legal, justamente para evitar a contaminação dos clientes. Já as lixas devem ser descartáveis.
As capas para corte de cabelo também precisam de cuidados especiais. Se ela é plástica, pode ser higienizada como uma superfície. Senão, é preciso lavar a cada uso. O ideal é ter mais capas à disposição. Considere uma opção de papel reciclável e ecológica para secagem das mãos versus uma toalha usada repetidamente ao longo do dia.
De olho no horário
Tente diminuir o tempo que você passa no salão. Optar por serviços mais rápidos é uma dica, para não ficar tanto tempo em um ambiente fechado. Evite fazer tudo no mesmo dia: mão, pé, depilação, sobrancelha, descolorir o cabelo, etc.
Prefira salões de bairro, com menos movimento, e também horários de menos circulação - evite os finais de semana, por exemplo. De acordo com a normativa legal da SESAU/SEMADUR de Campo Grande, os salões são obrigados a espaçarem as marcações a fim de garantir um menor fluxo de pessoas no local.
Proteção para todos
Todos os profissionais desses estabelecimentos devem usar máscara, conforme normativa legal da SESAU/SEMADUR de Campo Grande. Tanto para o caso de o profissional tossir ou conversar e as gotículas de saliva se depositarem no rosto do cliente, quanto no caso de o próprio cliente tossir.
O uso de luvas também é indicado. Mas o ideal é mesmo assim lavar as mãos antes e depois de colocar o acessório.
EPIs
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) também são importantes para a prevenção: uso de jaleco, luvas e máscaras.
Luvas – descartar a cada atendimento.
Máscaras – descartar ou se forem de tecido lavar com água e sabão e molho em água sanitária por 15 minutos para reutilizar.
Produtos usados para desinfecção
Álcool 70% - líquido e gel - Uso para desinfecção de mãos e pequenas superfícies; móveis; utensílios/objetos “tocáveis” – maçanetas, interruptores, torneiras, corrimão
Água sanitária 0,1 ou 0,5%:
- 0,1% - 1 medida de água sanitária para 19 medidas de água limpa. Usar nos móveis e utensílios/objetos “tocáveis” – maçanetas, interruptores, torneiras, corrimão.
- 0,5% - 1 medida de água sanitária para 3 medidas de água limpa. Usar nos pisos, calçadas, objetos que tocam o chão: pneus, solado de sapato, base de andadores, bengalas, etc.
O que fazer em caso de suspeita de infecção por COVID em alguém da equipe?
Sugerimos as ações abaixo, porém esteja atento às orientações e protocolos do Ministério da Saúde, pois eles podem sofrer alterações.
- Suspensão das atividades laborais e isolamento domiciliar imediato por 14 dias;
- Caso seja realizado teste laboratorial e descartada a infecção, o profissional poderá retornar ao trabalho antes do 14º dia, desde que apresente laudo do teste realizado;
- Comunicação imediata aos demais membros da equipe sobre a suspeita de infecção;
- Revisão da agenda de atendimento do profissional com suspeita de infecção e imediata comunicação aos clientes atendidos nas últimas 72 horas;
- Monitoramento dos demais colaboradores da empresa, com verificação de temperatura corporal diária e possíveis apresentações de sintomas
Confira na íntegra a
normativa legal da SESAU/SEMADUR de Campo Grande.Se você está no interior do estado, confira as orientações no site da Prefeitura de seu município.
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